quarta-feira, 16 de abril de 2008

Soneto que Tarda (ou Conselho de Amigo).

Se a ti deflora um novo amor repentino,
supera tua dor e espera tua hora.
Pois se tão tarde a tiveres, ou agora,
esse amor que aflora a ti será bem-vindo.

Se és tu inseguro, dessa forma nefasta,
rejeita teu jeito e aceita o futuro.
Pois se acaso a quiseres, te asseguro,
esse amor, mau-agouro, só de ti a afasta.

Não amarga uma dor que tão cedo deflagra.
O amor que demandas, princípio de mágoa,
te trará um penar que tão tarde não finda.

E por mais que te arda esse amor que te invade,
qualquer dor desvanece, como o sol, na tarde,
mas se pensas que esquece, é manhã ainda.

Um comentário:

Anônimo disse...

eita, não canso de gostar desse aqui... :)