quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Um Ano.

Hoje Berenice faz um ano. Não nasceu em berço de ouro, nem foi estrela ao longo desse tempo, mas soube me marcar com sua melancolia chorosa, comum, inerente a qualquer pessoa, no entanto. Parece que o sol soube iluminar bem seu início, seu caminho. Hoje Berenice tem três quartos de amor intenso e uma lágrima. Não me interessa quem enxuga seu rosto, me interessa, como pai, aqueles que lhe compreendem.

Hoje, fazendo ela um ano, decidi colocar algo do que escrevi, mas só soube revisitar meu passado. Escolhi, então, minha primeira poesia, na qual não troquei uma vírgula, e que é increlvemente melhor do que muitas poesias que fiz depois. Alguns poemas desse meio percurso, entre o nascimento da minha escrita e o nascimento de Berenice, levam títulos um tanto quanto estranhos (Quando Aquilo; E se, e ela, e não, e ele), que dirá o próprio corpo do texto.

É interessante ver como já previa eu uma Berenice, que só agora, talvez, tenha ido à lua. Ao prever sentimentos futuros, mas de uma escrita ainda muito primária, falei sobre amor sem amar, sobre dor, sem sentir, e não tive medo de rimar palavras confusas ou desconexas. Juntei palavras sem saber o que estava dizendo, como se quisesse treinar, usar das palavras, sem ter motivo para tal. O motivo foi o futuro, desconfio. Foi ver que de algo vazio, pude extrair algo com um pouco mais de sentimento e clareza, posteriormente, às vezes ciente do que estava escrevendo, às vezes não.

No próximo post coloco, então, a primeira poesia que fiz, e que nesse entremeio foi a mais natural de todas, a que soube falar por si só, assim como eu creio que fala a verdadeira poesia.

Um comentário:

tchuly disse...

"a que soube falar por si só, assim como eu creio que fala a verdadeira poesia" engraçado como eu não tinha visto isso aqui antes de conversarmos aquelas coisas hoje...