segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Última Voz.

Será que minha doce alma vale a pena,
em conta dessa tua alma tão pequena?

Será que transcorre a estes meus passos mais uma novena?
Será que me acalentas
novamente?

Antes não tiveste tu a mim,
nem eu nunca quisesse haver-te querido.

Será que me encontras,
ou teus olhos fazem de conta
que não existo?

Percebes, então, meu perigo,
que apesar de tudo ainda és abrigo.
Tua voz me dá força,
me levanta.

Em meio a tantas outras vozes,
que não sigo,
a tua ecoa distante, solitária,
desperta minha força, me ativa.

Tua voz, em meus ouvidos, é saliva.
Corre doce, astuciosa, excitante.
Mas tua voz no pensamento,
se torna ácida e ausente.

Minhas veias, meus ouvidos, estão quentes,
da voz que me inspirou esse poema,
e de recordar e recordar,
mas se sentir acordado.

6 comentários:

tchuly disse...

que lindo! espero que essa voz te inspire mais vezes, porque ficou bonito demais :)

Anônimo disse...

2 perdidos numa noite suja

[Eu estava lá mas você não viu]


Conhece? Arnaldo?

Bernardo Sampaio disse...

Não não. Conhecço não.
Pois é, acontece dessas coisas.

Unknown disse...

adorei estar no meio de alguma forma! =)

Gisa Leão disse...

Sinestésico, eu diria.
Muito Bom.

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=]

Clarice Mendes disse...

belo ;)