A naufragar poesias
a fragata do mar
segue, à manhã fria,
a fragilizar versos
a favor do vento.
A força do mar
- e o mar vicia -
é avistar tais versos
em poesia e afundar
tristezas no horizonte.
A afogar silêncios,
fortuitos dias,
as fortes frotas
navios, fragatas,
em forma de estrofe
com o vento, vão.
Solidão de volta.
A fazer fortunas
e viajar às brumas
sem se ver além,
através de espumas
desse mar revolto,
navegar a solto
sem toar o barco.
A naufragar as rimas
e enfrentar os riscos,
à calmaria, flutuar ao mar
frente a neblina e fingir
conquistas a alcançar.
Além da vista o vento
segue à sua curva, alado,
a um longínquo horizonte,
à maré fria, sem afastar
o foco, medo do fracasso.
Esquadrinhando
Há 5 anos
8 comentários:
OK, por enquanto o melhor q li nesse blog. e olhe q a concorrencia nao é facil.
SSO é ser poeta é se sentir, é naufragar.
"A afogar silêncios,
fortuitos dias,
as fortes frotas
navios, fragatas,
em forma de estrofe
com o vento, vão.
Solidão de volta."
muito bom!
isso ai da vontade pura de velejar
www.catando-vento.blogspot.com
ai em cima
me leva num barquinho, Bernardo?
me leva?
gostei tanto desse,muito mesmo.
a força do mar é unica.
tá lindo bernardo :)
beijos
Que vontade de mergulhar...
Muito bons seus textos!!!
Parabéns!
Aproveito pra te convidar pra conhecer o novíssimo blog do Vozes Femininas:
http://vfemininas.blogspot.com/
Té mais!
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