quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Naufragar.

A naufragar poesias
a fragata do mar
segue, à manhã fria,
a fragilizar versos
a favor do vento.

A força do mar
- e o mar vicia -
é avistar tais versos
em poesia e afundar
tristezas no horizonte.

A afogar silêncios,
fortuitos dias,
as fortes frotas
navios, fragatas,
em forma de estrofe
com o vento, vão.
Solidão de volta.

A fazer fortunas
e viajar às brumas
sem se ver além,
através de espumas
desse mar revolto,
navegar a solto
sem toar o barco.

A naufragar as rimas
e enfrentar os riscos,
à calmaria, flutuar ao mar
frente a neblina e fingir
conquistas a alcançar.

Além da vista o vento
segue à sua curva, alado,
a um longínquo horizonte,
à maré fria, sem afastar
o foco, medo do fracasso.

8 comentários:

...loucos apontamentos disse...

OK, por enquanto o melhor q li nesse blog. e olhe q a concorrencia nao é facil.

SSO é ser poeta é se sentir, é naufragar.

Anônimo disse...

"A afogar silêncios,
fortuitos dias,
as fortes frotas
navios, fragatas,
em forma de estrofe
com o vento, vão.
Solidão de volta."

muito bom!

Unknown disse...

isso ai da vontade pura de velejar

Unknown disse...

www.catando-vento.blogspot.com

ai em cima

dansesurlamerde disse...

me leva num barquinho, Bernardo?
me leva?

Clarice Mendes disse...

gostei tanto desse,muito mesmo.
a força do mar é unica.
tá lindo bernardo :)
beijos

Clara Mazini disse...

Que vontade de mergulhar...

Alexandre Melo disse...

Muito bons seus textos!!!

Parabéns!

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http://vfemininas.blogspot.com/

Té mais!