Se é tola a doença da boca,
que assola, consome, corrói,
tão tola é a vida, que louca,
assoma com o sumo e destrói.
Voz rouca d’uma doída crença
abre uma chaga, inflama e dói
traz firme e transforma a doença,
que solta nas chamas se reconstrói.
Dos lábios viscosos lanço a ogiva,
que explode nos lírios, à veia atroz,
pois, forte, esse ardor alastra a vida.
Não some esse ácido, que feroz,
craveja na boca, abre a gengiva,
e lança o seu hálito sobre nós.
Esquadrinhando
Há 5 anos
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