quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Soneto que Lavra.

Se em ti agora revelo um desatino,
espero tua dor e sufoco tua aura.
Pois tão tarde te evoco, minha cara,
que esse amor que degolas, já não é bem-vindo.

Se esperas futuro de um sujeito de farras,
aceita a pancada de um amor inseguro.
Pois se, de fato, me queres e estás em apuros,
não é pulando este muro que me darás tais galhadas.

Acaso quiseres perdão de um amor mal-concebido
já é sabido que não acatarei teu pedido,
porque de mim não te afastas, minha cara.

Já que é tão rara a presença, nesse amor intranquilo,
carrega teus filhos e a crença, que te dão tal como sonhara.
Mas não pões o dinheiro em questão, nem pede pensão, jóia rara.

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